JAI - Jornada de Atualização em Informática

A Jornada de Atualização em Informática (JAI) é um dos mais importantes eventos acadêmicos de atualização científica e tecnológica da comunidade de computação do Brasil. Sua 42ª versão ocorrerá em João Pessoa/PB, de 06 a 11 de agosto de 2023 como parte do Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC).

A JAI compreende cursos ministrados por pesquisadores sêniores da nossa comunidade, oferecendo uma oportunidade para atualização de acadêmicos e profissionais de Informática em temas atuais, interagindo com líderes das mais diversas áreas de pesquisa no Brasil.

O processo de seleção será composto de duas etapas. Na primeira, serão selecionados os cursos a partir das propostas apresentadas. Na segunda etapa, serão avaliados os textos completos dos cursos em um segundo processo de seleção, no qual serão aprovados os textos cuja qualidade seja considerada adequada pelo comitê de avaliação

Critérios de seleção das propostas

A seleção inicial das propostas será feita com base em um processo classificatório, com avaliação e discussão das propostas pelo comitê de avaliação. Os seguintes critérios de seleção serão considerados com igual relevância:

  • competência demonstrada do(s) proponente(s) na área do curso;
  • qualidade da proposta;
  • importância, maturidade e abrangência do tema proposto, refletindo uma visão ampla de algum tópico da área de computação;
  • curriculum vitae do(s) proponente(s);
  • distribuição dos assuntos tratados nas propostas nas várias áreas da computação;
  • aderência às instruções desta chamada.

Formato da proposta

Docentes e pesquisadores interessados devem submeter suas propostas pelo sistema JEMS (https://submissoes.sbc.org.br/cbsc2023-jai). Cada proposta de curso deve ser elaborada em português, de acordo com o modelo para publicação de artigos da SBC, deve estar contida em um único arquivo em formato PDF e seguir rigorosamente a estrutura abaixo. Caso contrário, a proposta será rejeitada sem ser analisada.

  1. Dados de identificação (uma página)
    • Título do curso;
    • Autor(es) (instituição de origem, endereço, telefone, e-mail);
    • Nome do apresentador do curso (se houver mais de um autor).
  1. Resumos em português e em inglês, com até 200 palavras cada (uma página).
  2. Dados gerais (uma página)
    • Objetivos do curso e tratamento dado ao tema, por exemplo: teórico ou prático, apanhado geral de resultados ou aprofundamento em aspectos específicos, apresentação ou comparação de tecnologias, formação de novas habilidades;
    • Perfil desejado dos participantes;
    • Infraestrutura física necessária para a apresentação, por exemplo: computador com projetor, sistema de som, equipamentos especiais, acesso à Internet etc.
  3. Estrutura detalhada do texto completo do curso (oito a dez páginas)
    • O texto completo do curso deverá ter de 40 a 50 páginas (no formato SBC) e ser composto de seções e subseções;
    • Na proposta, para cada seção e subseção do texto completo deverá haver uma descrição precisa do seu conteúdo proposto, de maneira que seja possível avaliar o texto final.
  1. Bibliografia utilizada na preparação do curso (no máximo uma página).
  2. Curriculum vitae resumido do(s) autor(es) (no máximo uma página para cada autor), incluindo uma seleção de publicações e/ou projetos considerados relevantes para a proposta.

Importante

Na elaboração da proposta devem ser considerados os seguintes aspectos:

  • A JAI compreende cursos voltados a apresentar novas técnicas que representam tendências da área de computação, mas que muitos alunos e profissionais não teriam oportunidade de cursar nas suas instituições de origem. Assim, o curso não deve refletir a visão específica de um único grupo de pesquisa na área proposta. Não serão aceitas propostas voltadas à divulgação de resultados de teses, dissertações, projetos de pesquisa, manuais de sistemas, entre outros.
  • Caso a proposta seja apresentada por um conjunto de autores, espera-se que o pesquisador mais experiente seja o apresentador principal do curso e esteja presente na sala do curso durante todo o período; eventualmente, partes do curso podem ser apresentadas por coautores desde que isso tenha como objetivo maximizar a qualidade da apresentação e do aprendizado dos participantes inscritos. Neste caso, deverá ser indicado, no momento da submissão da proposta, o nome do pesquisador que ministrará a maior parte do curso.
  • Serão cobertas despesas de viagem e de estada apenas para UM instrutor de cada curso selecionado.
  • Informações sobre as apresentações serão dadas mais adiante.

Os autores das propostas selecionadas deverão preparar um texto completo em português de no mínimo 40 e no máximo 50 páginas com o material didático do seu curso para ser publicado. O texto passará por uma avaliação de revisores especializados; sua aprovação é uma condição para que o curso seja incluído no programa final da JAI. O texto será publicado como capítulo do livro digital (da série Jornada de Atualização em Informática) a ser publicado e distribuído sob uma licença Creative Commons na SBC OpenLib, o portal de conteúdo da SBC. O livro receberá ISBN e todos os capítulos serão indexados com DOI.

Critérios de avaliação

O texto completo do curso será revisto pelos editores e por outros membros convidados, em função das áreas cobertas e dos proponentes. Os critérios de revisão dos textos incluirão:

  • aderência à proposta inicial;
  • correção técnica do texto;
  • qualidade da escrita;
  • estrutura do texto;
  • aderência às instruções sobre a formatação do texto;
  • qualidade das figuras, tabelas, equações, entre outros.

O comitê se reserva o direito de rejeitar textos que apresentem problemas relacionados a esses critérios que sejam inviáveis de serem corrigidos em tempo hábil.

Formatação

Os textos completos serão aceitos somente se produzidos utilizando LaTeX, Word ou LibreOffice. O formato exato para a entrega desses textos será divulgado oportunamente aos autores cujas propostas iniciais forem aceitas. Os autores deverão incluir todo o material necessário para que se possa gerar a versão final do texto.

Após a primeira revisão, os autores deverão atender às críticas e às sugestões dos revisores e entregar o texto final após a recepção das avaliações dos revisores, na data estabelecida. Para a publicação do livro digital, poderá haver alguma revisão adicional; neste caso, os autores deverão atender às críticas e às sugestões no prazo máximo de 03 (três dias).

Os autores dos textos a serem publicados deverão assinar um documento autorizando a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) a publicar o texto sob uma licença Creative Commons. O não cumprimento dos prazos ou o não atendimento aos pareceres dos revisores poderá acarretar a exclusão da proposta do programa da JAI 2023.

1ª Etapa
  • Submissão das propostas: 31/03/2023   10/04/2023
  • Resultado da avaliação das propostas: 15/04/2023  05/05/2023
2ª Etapa
  • Submissão do texto completo do curso: 15/05/2023  04/06/2023
  • Resultado da avaliação do texto do curso: 26/05/2023  18/06/2023
  • Registro dos Autores (inscrição): 30/06/2023
  • Submissão da versão definitiva: 30/06/2023

A inscrição pagante de, no mínimo, um autor do artigo como inscrição completa é obrigatória para publicação do trabalho. Autores com mais de um artigo aprovado, em qualquer evento do CSBC, podem realizar o pagamento de uma única inscrição, acrescida de uma “taxa de publicação extra” por artigo adicional. Maiores detalhes a respeito dos valores e formas de pagamento serão divulgadas na página de inscrição do CSBC 2023.As versões finais dos capítulos aceitos serão disponibilizadas online na SBC OpenLib, o portal de conteúdo da SBC, como um livro da série Jornada de Atualização em Informática (JAI). O livro receberá ISBN e todos os capítulos serão indexados com DOI.

Prezada comunidade,
 
Temos a satisfação em anunciar os cursos aceitos para o CSBC 2023 – JAI (Jornada de Atualização em Informática). As inscrições para participação nos cursos já estão abertas no Sistema SBC ECOS: https://centraldesistemas.sbc.org.br/ecos/csbc2023/
 
  • JAI – 1 (Segunda – 07 de Agosto 9h – 10h30 e 11h – 12h30)
Desinformação em Plataformas Digitais: Conceitos, Abordagens Tecnológicas e Desafios
Julio Reis (Universidade Federal de Viçosa (UFV)), Philipe Melo (Universidade Federal de Minas Gerais), Márcio Inacio da silva (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Fabricio Benevenuto (Universidade Federal de Minas Gerais)

Confiabilidade e segurança nos sistemas distribuídos físico-digitais
Raimundo Jose de Araujo Macedo (UFBA), Alirio Sá (Universidade Federal da Bahia), Allan Freitas (IFBA), Paulo Verissimo (Univ. de Luxemburg), Sérgio Gorender (UFBA)
 
  • JAI – 3 (Terça – 08 de Agosto 9h – 10h30 e 11h – 12h30)
Princípios e Práticas para Sustentabilidade do Software de Pesquisa
Christina von Flach (IC-UFBA), Joenio Costa (Universidade Federal da Bahia (UFBA)), Daniela Feitosa (UFBA)
 
  • JAI – 4 (Quarta – 09 de Agosto 9h – 10h30 e 11h – 12h30)
Bancos de dados em memória e suas estratégias de recuperação após falhas
Arlino Magalhães (Universidade Federal do Piauí), José Monteiro (Universidade Federal do Ceará – UFC), Angelo Brayner (Federal University of Ceara – UFC)

Desagregando e Softwarizando as Redes de Celulares e o Programa OpenRAN Brasil
Fernando Farias (RNP), Fuad Junior (CPQD), Vitalii Afanasiev (CPQD), Christian Rothenberg (UNICAMP), Antônio Abelém (UFPA) e José Rezende (RNP)
 
Atenciosamente,
–Weverton Cordeiro e Alírio Sá
Coordenadores do CSBC 2023 – JAI 2023

JAI – 1 (Segunda – 07 de Agosto 9h – 10h30 e 11h – 12h30)

PDF do Curso: https://csbc.sbc.org.br/2023/wp-content/uploads/2023/08/JAI-1-Desinformacao-em-Plataformas-Digitais_-Conceitos-Abordagens-Tecnologicas-e-Desafios.pdf

 
Desinformação em Plataformas Digitais: Conceitos, Abordagens Tecnológicas e Desafios
 
Plataformas digitais, que incluem redes sociais online e aplicativos de mensagem instantânea, se tornaram espaços amplamente abusados por campanhas de desinformação com impactos diretos em diversas esferas da nossa sociedade, incluindo política, saúde, dentre outras. Consequentemente, isso tem estimulado o surgimento de pesquisas neste tema em diversas áreas do conhecimento, incluindo Ciência da Computação. Assim, o objetivo geral deste capítulo é discutir o cenário atual de estudos no contexto de desinformação em plataformas digitais, oferecendo uma introdução ao pesquisador que pretende explorar este tema. Para isso, inicialmente, são apresentados e discutidos os conceitos que fundamentam a área. Em seguida, são relacionados repositórios de dados que podem ser úteis para o estudo deste fenômeno. Depois, são sumarizadas as principais estratégias exploradas para entendimento, bem como abordagens tecnológicas para detecção e monitoramento de desinformação em plataformas digitais. Por fim, é apresentada uma visão crítica geral da área, destacando desafios e oportunidades de pesquisa neste contexto.
 
 
Confiabilidade e segurança nos sistemas distribuídos físico-digitais
 
Sistemas ciberfísicos distribuídos, também conhecidos como sistemas físico-digitais, são caracterizados por componentes físicos geograficamente dispersos e interconectados por meio de redes de comunicação, criando assim uma infraestrutura descentralizada e colaborativa. Esses sistemas abrangem uma ampla variedade de dispositivos, como sensores de temperatura, robôs industriais, biossensores, drones, câmeras e outros dispositivos que interagem com o ambiente físico. Eles encontram aplicação em diversas indústrias, incluindo manufatura, transporte, saúde, controle ambiental, entretenimento, comércio e segurança. No entanto, a relação físico-digital nesses cenários apresenta desafios significativos, como interoperabilidade, confiabilidade, cibersegurança e escalabilidade. Para enfrentar esses desafios, a utilização do gerenciamento autonômico nesses sistemas se mostra benéfica. O gerenciamento autonômico permite que os sistemas monitorem seus próprios estados e tomem decisões com base nos dados coletados. Este texto tem como objetivo apresentar uma abordagem teórico-prática para a construção de sistemas distribuídos autônomos ou autonômicos capazes de atender aos requisitos de desempenho, confiabilidade e segurança dos sistemas físico-digitais distribuídos. Compreender a crescente complexidade desses sistemas e gerenciá-los de forma eficaz é crucial para garantir sua eficiência e eficácia.
 
 
Princípios e Práticas para Sustentabilidade do Software de Pesquisa
 
O uso crescente de Software de Pesquisa, isto é, software desenvolvido no contexto de uma pesquisa científica, tem despertado na comunidade científica uma preocupação com sua sustentabilidade e influência na capacidade de reprodução de estudos científicos por pesquisadores independentes. O conceito de Sustentabilidade de Software está relacionado às consequências de longo prazo de projetar, construir e entregar um projeto de software e diz respeito à capacidade do software de perdurar e ter suporte ao longo do tempo. Entretanto, pesquisadores não estão familiarizados com boas práticas de desenvolvimento de software sustentável. Este curso aborda a sustentabilidade do Software de Pesquisa sob uma perspectiva técnica. Apresentamos boas práticas de desenvolvimento de software que podem ser úteis para apoiar pesquisadores de diferentes áreas no desenvolvimento de software de pesquisa sustentável. Nós motivamos e ilustramos o uso das práticas, seus benefícios e desafios relacionados por meio dos resultados de um estudo conduzido com um grupo de pesquisa da área de Física.
 
 
Bancos de dados em memória e suas estratégias de recuperação após falhas
 
Os sistemas de bancos de dados em memória têm se mostrado como uma alternativa para sistemas que precisam de processamento massivo de dados em tempo real. Os sistemas em memória mantêm o banco de dados em memória principal para prover baixa latência e altas taxas de vazão. Contudo, devido à volatilidade da memória, esses sistemas são mais sensíveis a falhas do que os tradicionais bancos de dados em disco. Embora os componentes dos bancos de dados em disco e em memória pareçam similares, esses dois sistemas diferem muito na maneira como implementam os seus componentes. Esse minicurso provê uma visão geral da arquitetura e implementação de bancos de dados em memória e suas principais estratégias de recuperação após falhas. Para atingir essa meta, esse minicurso fornece uma visão geral da tecnologia de bancos de dados em memória, revisa os conceitos de recuperação após falhas, apresenta as principais escolhas arquiteturais para implementação de bancos de dados em memória e, por fim, descrever as estratégias de recuperação implementadas por uma amostra representativa dos bancos de dados em memória modernos.
 
 
Desagregando e Softwarizando as Redes de Celulares e o Programa OpenRAN Brasil
 
Avanços na função de virtualização de rede associados com o mercado e a demanda regulatória por mais abertura e interoperabilidade nas Redes de Acesso via Rádio (RAN) da próxima geração de redes celulares motivaram a criação de um framework, com padrões, protocolos e componentes de softwares de código aberto, denominado como OpenRAN. Essa abertura tem como objetivo democratizar segmentos da rede de telecomunicações para não depender de equipamentos de grandes indústrias, assim, permitindo a redução de custos e o poderio desses conglomerados. A arquitetura OpenRAN combina o software estação base modular com hardware pronto para uso, onde são atribuídos componentes de banda base e unidades de rádio de fornecedores únicos, assim viabilizando uma interoperabilidade transparente, não importando se os elementos de RAN são ou não virtualizados/desagregados. Além disso, a introdução de interfaces abertas entre os diferentes componentes OpenRAN permite que se obtenh  informações da RAN e se efetue atualizações de políticas de controle, o que viabiliza a utilização de técnicas de Inteligência Artificial (IA) e Aprendizagem de Máquina (ML) para efetuar otimizações e controle inteligente da RAN. Logo, este minicurso tem como principal objetivo apresentar os conceito e desafios que estão levando a academia e indústria a investir no conceito de RAN aberta. O minicurso será essencialmente teórico e iniciará apresentando os fatores históricos da evolução das RANs e os conceitos de abertura e softwarização, além disso, serão abordados a desagregação, controle inteligente da RAN (RIC), Núcleo da Rede (Core Network), virtualização, interfaces abertas e desafios. Em seguida, as iniciativas ao redor do mundo que estão colaborando no avanço, padronização e desenvolvimento das OpenRANs serão apresentadas. Após isso, será detalhado o Programa OpenRAN Brasil, onde será discorrido a motivação, objetivos, resultados esperados, testbed e aplicações. Por fim, são apresentadas as considerações finais e tendências futuras em relação à pesquisa e desenvolvimento das OpenRANs e seus componentes.

Organizadores Gerais:

Alirio Santos de Sá (UFBA) – aliriosa@gmail.com
Weverton Cordeiro (UFRGS) –  weverton.cordeiro@inf.ufrgs.br

Comitê de Programa (TPC):

Aldri dos Santos (UFMG)
Aline Andrade (UFBA)
Alirio Sá (UFBA)
Cláudio Diniz (UFRGS)
Denis Rosário (UFPA)
Fabíola Guerra Nakamura (UFAM)
Flávio Assis (UFBA)
Márcio Cornélio (UFPE)
Rafael Lopes Gomes (UECE)
Rita Suzana Pitangueira Maciel (UFBA)
Rodrigo Mansilha (UNIPAMPA)
Thais Vasconcelos Batista (UFRN)
Weverton Cordeiro (UFRGS)